30 abril 2008

Obviedade é uma m...!

Enfim, como disse, estou eu aqui em mais uma publicação (demorei né?)...
Geralmente minha inspiração vem em momentos de crise, e este é um deles!
Como já diz o título, é um difícil aceitar quando nos encontramos com o óbvio...
Tento não enxergar no começo, no entanto, chega a hora de encarar de frente.
Vamos aos fatos:
Quando inicio um relacionamento, espero retorno, como todos (óbvio!), a pessoa com quem estou me relacionando também (!), porém, a maioria esmagadora dos indivíduos quer apenas satisfação pessoal sem se comprometer. Veja bem, se comprometer não é o velho e conhecido "sim estamos namorando", mas sim preencher-se de um propósito. Intimidade, convivência contínua, cumplicidade, compartilhar idéias e problemas resulta em compromisso. Quando dividimos algo com alguém, admitimos por hipótese que esta pessoa reconhecerá seu direito de intervir na sua situação, seja para melhorá-la ou piorá-la.
Tudo bem! Não devemos nos sentir dependentes dessa opinião, mas um "ser" que sequer emite juízo sobre determinado assunto que diz respeito ao "reclamante", e que, por conseguinte, influenciará na vida deste dito "ser" (supondo que este aparentemente adiquiriu o compromisso verdadeiro), não me parece cheio de um propósito.
Acredito que alguém que só me quer por nas horas convenientes, requisita intimidade e meu afeto nas horas em que precisa, tem alguém que lhe entende quando está em crise, seja uma pessoa egosísta, no mínimo.
E ainda me surge a dúvida: como alguém que compartilha (?) momentos, idéias, atitudes, é cúmplice de meus segredos mais ocultos, convive continuamente, tem a intrepidez de demonstrar, através de suas (eu diria sutis) atitudes egoísticas que não tem intenção de manter uma relação por um longo período?
Então, volto à minha constatação inicial: tudo isso era óbvio! Só um questionamento: ser complacente nas atitudes e elucidar o "ser" ou igualar-me às suas atitudes e exaurir a relação até a última gota?
Nada mais a declarar!