10 junho 2007

Mais divagações!

Não sei direito o que pensar... É meio que uma coisa de feeling sabe? Outro dia ouvi que as pessoas vêm ao mundo com um desses objetivos: serem admiradas, respeitadas ou temidas. Alguns pensam que esses dois últimos devem caminhar juntos, que sem medo não há respeito. Gostam mesmo de serem temidas, pois acham que esse é o único meio de conquistar o tão sonhado respeito. Querem até que as pessoas que os amam sintam esse medo que as impede de falar a mais pura verdade na cara deles.
Sinto que perdi minha identidade... Gostaria de ter um diário, para escrever tudo, mas tudo mesmo... Fatos, pensamentos, histórias... Mas não dá pra confiar em ninguém! Tenho certeza de que alguém, qualquer pessoa, ao saber da existência de algo que pudesse revelar-lhe meus maiores e piores segredos e angústias, não hesitaria em abri-lo.
Concordo que existem verdades que não devem ser ditas. Principalmente quando sabemos que machucarão a quem amamos sem propósito algum, sem intenção de crescimento. Portanto, um diário seria perfeito! Extravasaria minhas palavras e mágoas nele sem precisar machucar ninguém!
Tenho andado com medo. Um pressentimento dentro de mim como se algo ruim fosse acontecer. Com medo da vida, das pessoas. Sem nenhum caminho para seguir. Não sei explicar. É como se me sentisse presa e sem saída, sem meios para “fazer acontecer”. Tem hora que me dá vontade de sumir ou, que Deus me perdoe, de dar um “fim” em tudo isso, pra poder começar tudo de novo. Dessa vez sem erros. Mas meus princípios falam mais alto.
Quando penso que as coisas vão melhorar, é tudo o contrário. Parece que vivo numa montanha russa constantemente. Aí penso que talvez eu deva me entender ao invés de entender os outros e tentar me relacionar com eles. Talvez eu devesse ficar sozinha, numa introspecção, refletindo, conhecendo. Sei lá. Coisa de doido.
Estou sendo até injusta. Pois sempre disse: “Quando pensares em uma crise existencial, lembra-te dos que passam fome, dos que não tem onde morar e logo verás que não há motivo pra ser infeliz.”. E agora eu sou quem está nesse maremoto! Ridículo!
Enfim, são só coisas que passam na cabeça e ficam. E tem ficado por tempo suficiente para me fazer não agüentar e vir escrever.

30 abril 2007

"Ninguém muda ninguém."

Isso é fato.
Começo com essa frase hoje porquê é algo que tem me atormentado...
Se alguém não é sincero com você, nada pode mudar isso, senão o "não sincero".
Cada um sabe onde seu calo dói e eu sei onde é o meu.
Essa mania que as pessoas têm de tentar me mudar e fazer com que eu aja da maneira que elas
desejam...
Às vezes penso em fazer um manual de como conseguir as coisas comigo.
Talvez eu é quem seja complicada demais.
Estou sendo egoísta em achar que as pessoas é que devem saber como me tratar.
Mas, pensa bem: gosto de ficar quietinha no meu canto, não mexo com ninguém, portanto, porque tantos questionamentos?
Aí, acabo me afastando das pessoas que gosto.
Não tenho sido uma boa "sujeita".
Tenho negligenciado minhas relações.
Ando de saco cheio.
Preciso de terapia, de Deus, de amor no coração.
Acho que tem faltado amor.
Dar e receber.
Não estou num bom momento da minha vida.
Um dia, talvez eu me arrependa de não dar o devido valor à coisas, pessoas, situações como elas realmente merecem.
Pode ser tarde demais.
É inevitável!
Tenho que passar por isso.
Já aceitei.
Sei que só eu posso perceber que isso está acontecendo.
Só eu posso me ajudar.
Ninguém mais...

27 abril 2007

Quando era pequena, sempre ouvia minha mãe dizer que "fulana" era doida, que tinha problemas mentais, mas a gente nunca imagina que algo como um surto de insanidade possa nos sobrevir.
Tenho estado meio estranha...
Algumas horas me pego sonhando, devaneando...
Coisas que nem mesmo sei porquê penso!
Vou vajando nesses pensamentos, imaginando o motivo de certos fatos sucederem em minha vida.
Outro dia estava no parque e me veio esse estalo...
Fechei os olhos e deletei o barulho dos carros.
Apenas me concentrei no cantar dos pássaros, naquela estática que se fazia no meu cérebro, quando não consigo pensar em nada, esvazio tudo, deixo as idéias de fora, para que depois me sinta limpa ao povoar minha cabeça de novo.
Aí penso: "Será que esto ficando doida?" - vazio - "Mas doido não sabe que é doido."
Então fico mais confusa ainda!
E se eu fizesse uma besteira? As pessoas iam me achar doida?
Começo a me ver como a "fulana" doida de quem minha mãe tanto falava.
Me dava pena dela.
Devo ter pena de mim também?
Sinto um arrepio na espinha.
Ninguém vai acreditar, mas acho que tem alguém me falando tudo isso.
Tipo uma força maior.
Maior porque eu dei esse poder a ela.
Enfim. Não importa. O que importa é que ando me sentindo assim.
E o pior: me acho mais insana por ver que ninguém percebe que estou ficando desse jeito!
Pode ser coisa da minha cabeça.
Talvez não esteja sendo justa.
Aliás, não tenho me achado justa em muitas ocasiões ultimamente.
Não tenho sido justa com os outros, nem comigo.
Alguém disse: "Faça o que você realmente quer."
Mas, como vou fazer o que quero se nem eu sei o que é?
Uma hora acho que é uma coisa, outra acho que não é...
Acabo não me sentindo digna de pessoas, situações, alegrias que a vida pode me dar!
Na verdade, creio que não estou dando o devido valor às coisas.
Nem a mim mesma.
Eu sei o que é, mas não sei como explicar.
Tenho que rezar.
Esse caminho está muito errado.
Difícil...

01 abril 2007

"Não basta ser honesto, é preciso parecer honesto."

Sábias palavras da mulher de César.
Amar, ser Leal, Fiel, Cúmplice, Amigo, Confidente, Ético.
Nada disso basta se não parecê-lo.
Essa frase não me tem saído da cabeça e resolvi escrever a respeito.
Não tem mistério.
Não tem explicação.
Aliás, como parecer tudo isso?
Como ir contra à sua natureza de ser humano, naturalmente (!) passível de erros.
Difícil.
Ah, como somos volúveis, digo, não no sentido pejorativo, mas no de inconstância, de instabilidade.
Fatos que se contradizem, palavras que confrontam palavras (ou atitudes!)...
Nos deixamos levar por meras ilusões que acreditamos (ou queremos) ser "honestas", mas que no fundo não parecem "honestas".
Situações que no auge da racionalidade nos fazem querer questionar a integridade das atitudes, ou que no calor da emoção somos levados a nos atirar precipício abaixo sem conhecer a profundidade.
Enfim, nem conhecemos a nós mesmos, então, como prever e acautelar-mo-nos das ações imprevisíveis do outro?
Resta apenas a resignação, a aceitação da diferença, da condição de não conhecedores dos pensamentos e desejos senão os nossos (ainda assim enxergando um emaranhado de mistérios inteligíveis).
Portanto, não tenta conhecer o outro.
Conhece-te a ti mesmo.
Sê e parece honesto contigo.
Quem sabe um dia evoluis o suficiente, não para entender, mas para aceitar o que antes parecia inconcebível.

29 março 2007

Covardia é um vício que convencionalmente é visto como a corrupção da prudência, oposto a toda coragem ou bravura. É um comportamento que reflete falta de coragem; medo, timidez, poltronice; fraqueza de ânimo; pusilanimidade ou ainda ânimo traiçoeiro.


28 março 2007

Reflexão.


Mensagem Chico Xavier
Nasceste no lar que precisavas,
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou,
De acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes
Com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa...
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta,
Busca o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim.
Benção do Chico.
-----------------------------------------------------------------------------



Chico Xavier, em sua imensa sabedoria e inspiração escreveu essa mensagem para nos ajudar seguir nosso caminho com mais consciência, e o melhor: sem culpa. Não que não tenhamos que reconhecer nossos erros, mas é importante saber deixá-los no passado para que possamos continuar.
Sentir-se cobrado é natural, principalmente diante de nós mesmos, pois o mais difícil não é obter o perdão do próximo, mas o de nós mesmos.
E mais: aprender com os desvios e não cometê-los novamente.
E que a Vida possa nos dar a oportunidade de tentar.


-------------------------------------------------------------------------------



"A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória."

25 março 2007

Sinto falta do que ainda não sei.
Aquele vazio que bate sem explicar por quê.
Uma saudade sofrida do que ainda não conheço.
Sei que estou só nessa caminhada.
E o fim? O fim ainda é incerto.

24 março 2007

Ahhhhhhhhhh.................Belém!


















http://www.youtube.com/watch?v=rWET_Fk53CE


"Belém minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar
Sem círio da virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a "chuva das duas " que não pode faltar
Cochilo saudades na noite abanando
Teu leque de estrelas, Belém do Pará!"
Andava na rua achando-me insignificante. A observar como a vidas continuam a despeito da minha. Sentia o vento gelado bater como facas que cortam cada pedacinho do corpo. As luzes ofuscando os olhos que se já encontravam sem brilho. E por um segundo encontrei-me a flutuar. Digo, não a flutuar propriamente dizendo, mas a elevar a alma. Como se nada importasse e existissem apenas eu e as luzes. Elas pequeninas lá em baixo e eu não mais sendo o nada, mas agora regendo o mundo como uma orquestra. Aí voltei à realidade da minha insignificância.
.
.
.
.
.
"Sim, eu tenho a cara do Pará
O calor do carimbó
O uirapuru que sonha
Sou muito mais,
Eu sou
Amazônia"