30 abril 2007

"Ninguém muda ninguém."

Isso é fato.
Começo com essa frase hoje porquê é algo que tem me atormentado...
Se alguém não é sincero com você, nada pode mudar isso, senão o "não sincero".
Cada um sabe onde seu calo dói e eu sei onde é o meu.
Essa mania que as pessoas têm de tentar me mudar e fazer com que eu aja da maneira que elas
desejam...
Às vezes penso em fazer um manual de como conseguir as coisas comigo.
Talvez eu é quem seja complicada demais.
Estou sendo egoísta em achar que as pessoas é que devem saber como me tratar.
Mas, pensa bem: gosto de ficar quietinha no meu canto, não mexo com ninguém, portanto, porque tantos questionamentos?
Aí, acabo me afastando das pessoas que gosto.
Não tenho sido uma boa "sujeita".
Tenho negligenciado minhas relações.
Ando de saco cheio.
Preciso de terapia, de Deus, de amor no coração.
Acho que tem faltado amor.
Dar e receber.
Não estou num bom momento da minha vida.
Um dia, talvez eu me arrependa de não dar o devido valor à coisas, pessoas, situações como elas realmente merecem.
Pode ser tarde demais.
É inevitável!
Tenho que passar por isso.
Já aceitei.
Sei que só eu posso perceber que isso está acontecendo.
Só eu posso me ajudar.
Ninguém mais...

27 abril 2007

Quando era pequena, sempre ouvia minha mãe dizer que "fulana" era doida, que tinha problemas mentais, mas a gente nunca imagina que algo como um surto de insanidade possa nos sobrevir.
Tenho estado meio estranha...
Algumas horas me pego sonhando, devaneando...
Coisas que nem mesmo sei porquê penso!
Vou vajando nesses pensamentos, imaginando o motivo de certos fatos sucederem em minha vida.
Outro dia estava no parque e me veio esse estalo...
Fechei os olhos e deletei o barulho dos carros.
Apenas me concentrei no cantar dos pássaros, naquela estática que se fazia no meu cérebro, quando não consigo pensar em nada, esvazio tudo, deixo as idéias de fora, para que depois me sinta limpa ao povoar minha cabeça de novo.
Aí penso: "Será que esto ficando doida?" - vazio - "Mas doido não sabe que é doido."
Então fico mais confusa ainda!
E se eu fizesse uma besteira? As pessoas iam me achar doida?
Começo a me ver como a "fulana" doida de quem minha mãe tanto falava.
Me dava pena dela.
Devo ter pena de mim também?
Sinto um arrepio na espinha.
Ninguém vai acreditar, mas acho que tem alguém me falando tudo isso.
Tipo uma força maior.
Maior porque eu dei esse poder a ela.
Enfim. Não importa. O que importa é que ando me sentindo assim.
E o pior: me acho mais insana por ver que ninguém percebe que estou ficando desse jeito!
Pode ser coisa da minha cabeça.
Talvez não esteja sendo justa.
Aliás, não tenho me achado justa em muitas ocasiões ultimamente.
Não tenho sido justa com os outros, nem comigo.
Alguém disse: "Faça o que você realmente quer."
Mas, como vou fazer o que quero se nem eu sei o que é?
Uma hora acho que é uma coisa, outra acho que não é...
Acabo não me sentindo digna de pessoas, situações, alegrias que a vida pode me dar!
Na verdade, creio que não estou dando o devido valor às coisas.
Nem a mim mesma.
Eu sei o que é, mas não sei como explicar.
Tenho que rezar.
Esse caminho está muito errado.
Difícil...

01 abril 2007

"Não basta ser honesto, é preciso parecer honesto."

Sábias palavras da mulher de César.
Amar, ser Leal, Fiel, Cúmplice, Amigo, Confidente, Ético.
Nada disso basta se não parecê-lo.
Essa frase não me tem saído da cabeça e resolvi escrever a respeito.
Não tem mistério.
Não tem explicação.
Aliás, como parecer tudo isso?
Como ir contra à sua natureza de ser humano, naturalmente (!) passível de erros.
Difícil.
Ah, como somos volúveis, digo, não no sentido pejorativo, mas no de inconstância, de instabilidade.
Fatos que se contradizem, palavras que confrontam palavras (ou atitudes!)...
Nos deixamos levar por meras ilusões que acreditamos (ou queremos) ser "honestas", mas que no fundo não parecem "honestas".
Situações que no auge da racionalidade nos fazem querer questionar a integridade das atitudes, ou que no calor da emoção somos levados a nos atirar precipício abaixo sem conhecer a profundidade.
Enfim, nem conhecemos a nós mesmos, então, como prever e acautelar-mo-nos das ações imprevisíveis do outro?
Resta apenas a resignação, a aceitação da diferença, da condição de não conhecedores dos pensamentos e desejos senão os nossos (ainda assim enxergando um emaranhado de mistérios inteligíveis).
Portanto, não tenta conhecer o outro.
Conhece-te a ti mesmo.
Sê e parece honesto contigo.
Quem sabe um dia evoluis o suficiente, não para entender, mas para aceitar o que antes parecia inconcebível.