24 junho 2014

De volta ao começo

Que me perdoem os amantes do futebol, mas tal esporte nunca foi meu forte. Gritar e se descabelar para um bando de ferozes atrás de uma bola, com o intuito escuso de evitar as guerras, tomadas pela testosterona, naturalmente, não me apetece.

Demorei pra entrar no ritmo de copa. No primeiro jogo (nem os times recordo), dia dos namorados, acabei não percebendo um ou o outro, imersa em minhas resoluções de trabalho e de vida. No dia, fiz um jantar que quase acabou em um fiasco, não fosse uma santa amiga a se compadecer de toda aquela fartura que não podia - nem foi - desperdiçada.

No segundo jogo, dia seguinte a um "desastre" com meu carro, passei a manhã resolvendo isso, alheia, até que amigos me acolheram. Novamente gritos e ansiedades que fazem meu coração saltar - já vivo grandes emoções, portanto, evito as que posso.

Ontem, finalmente, desejei ver o dito terceiro jogo. Marquei com amigXs, vesti a tal camisa oficial que meu pai me deu, mesmo depois da promessa de que não viveria a Copa. 

Dormi.

Acordei quase na hora do jogo. 

Tarde demais pra entrar no bar que havia combinado. Decidi dar uma volta de carro.

Pude viver o privilégio de sentir o ar puro da cidade sem nenhuma viva alma, coisa rara de se ver, mesmo aos domingos mais solitários. Quando percebia alguém, era quase como um código predeterminado para manter o silêncio e fingirmo-nos parte daquela paisagem, sem interferências. A água do rio estava lisa, e podia-se ouvir as folhas em festa a cada corrente de ar que insistia em brincar entre elas. Meus cabelos, que preferi deixar livres, também faziam um balé e cada ser ou objeto estava livre para ceder àquela força da natureza, que ornava magnificamente com a luz âmbar e céu anil daquele fim de tarde.

Cor. Movimento. Som e silêncio.










:)


24 maio 2010

Mimo

Entããão, há umas semanas o querido Marcelo Cherto solicitou via twitter meu endereço para enviar-me seu livro "Somos Todos Vendedores".

Nunca escondi que sou admiradora do trabalho dele e o acompanho através do blog e twitter.

Não resisti e tirei uma foto cute pra postar com meu novo livro:


Interessou? Compra aqui, ou googa que o google vai te mostrar opções.

Livros sempre são bons presentes e conhecimento é uma das poucas coisas que não pode ser tirada de nós

Marcelo, obrigadíssima!

07 abril 2010

Benefício Negado

Um dia o cidadão foi receber seu benefício no banco. Guardou a soma e foi conferir muito tempo depois, constatando que seu contra-cheque correspondia a um mísero valor.
Não contente com a situação humilhante, já que estava acostumado a receber quantias bem maiores, voltou ao caixa.
Obviamente, naquele local já havia outra pessoa.
Não contente com a soma recebida, e mais bravo ainda por ver que alguém ocupava aquele lugar, o indivíduo raivoso começou a buscar argumentos para mostrar que tinha recebido menos do que merecia e mais: que havia sido lesado pela instituição!
Ele não entendeu que:
1. Seu benefício foi cortado;
2. Uma vez cortado o benefício, a decisão é irrevogável;
3. Não se pode reclamar valores retroativos;
4. Não denegrirá a imagem da instituição com falácias, pois a clientela é fiel;
5. Não conseguirá atrapalhar o indivíduo que está recebendo o benefício. Isso implicará em expulsão imediata, com pena de proibição da circulação na instituição;
6. Deve procurar outra instituição para obter benefícios. Esta não poderá fornecer-lhe nada do que precisa.

Deu pra entender, né?
Falou.
Valeu.

22 março 2010

Quem quer ser um milionário?

Quis começar com essa pergunta, não pelo filme (apesar de cada um ter seu "tesouro", algo que considera de grande valor), mas pela infinidade de questionamentos que ela traz.
O primeiro que me vem à cabeça é a busca incessante pela felicidade, que nas suas mais variadas formas pode representar uma boa condição financeira (ou absurda, lá sei), fazer algo que nos dá prazer, um trabalho, algo de significado pro coletivo, um momento especial, uma pessoa especial.
Enfim, cada um tem na cabeça o ideal do seu "bilhete premiado".
Mas eu queria discorrer sobre pessoas.
Não tenho dúvida de que existe no mundo muitas pessoas que podem ocupar um lugar especial na minha vida, mas tenho dúvida sobre estar preparada pra tirar o máximo disso.
Aproveitar o que de melhor essa (s) pessoa tem, como conhecimento, histórias vividas, tempo, dedicação, essas coisas que você só pode viver, não pode idealizar nem imaginar.
E se, ao ter alguém, como diz um amigo, "pacote completo", não for digna de tanto comprometimento com tudo o que isso demandar?
Aí vem as mágoas, sofrimento, negligência... Coisas inerentes a quem ainda tem pendências a resolver consigo mesmo.
Nesse processo, é importante termos cuidado para não sermos cruéis em nome da nossa evolução, e, além de não estarmos diligentes, perdermos pessoas.
Pessoas que podem representar aquela riqueza inigualável, não por serem absurdamente excepcionais, mas por fazerem sermos o que não somos com mais ninguém.
E a gente passa a vida inteira atrás da fortuna.
Será que estamos prontos pra ela?

16 fevereiro 2010

Manifesto a favor da mutualidade espontânea.

Após descobrir que mais de 25% das mulheres britânicas com mais de 25 anos não fazem (nem nunca fizeram) sexo, fiquei a pensar sobre o assunto e o quanto me assusta o fato.
Fiquei esse feriado (fiquei mesmo!) pensando o quão escroto é não sentir-se desejada.
A reportagem ainda afirma outro dado: 42% das mulheres entrevistadas "ou estão fazendo tratamento para a depressão ou afirmaram estar precisando de ajuda médica para dar conta de seus anseios sexuais."
Entrei num estado de choque. Abismada.
Como pode uma coisa tão absurda???
Poderia fazer mil conjecturas sobre onde o mundo vai parar com o tal mal do século cada vez mais evidente, a depressão.
Mas meus "anseios sexuais" falam mais alto e vou ficar só no ambiente do sexo.
Que mulher não gosta de sentir-se desejada? Os homens passaram tanto tempo só preocupando-se com eles mesmos no quesito sexo, que hoje as mulheres se dão luxo de vingarem-se da forma mais natural possível: ligando o foda-se pra ele. Que atire a primeira pedra quem nunca fez isso.
Quem nunca esteve em uma roda de papo entre mulheres na qual não rolou um texto que envolvia o quanto o homem de alguma presente era maravilhoso na cama por satisfazê-la? E alguém peruntou se ela o satisfazia? Lógico que não! Isso não importa! Afinal, nossa avó nunca gozou, né? Ela acha é pouco.
Outro dia ouvi que as mulheres lutaram tanto por seus direitos, que agora aos homens terão que lutar por direitos iguais. Não estranhe se acontecer algo do tipo.
Me canso desse papo de homem-contra-mulher. Que coisa mais chata! As pessoas não podem gozar e pronto? Precisam disputar quem goza mais, quem goza menos, quem não goza. Uó!
E ainda vira motivo pra "travação gozacional". Tipo: "Ah, se você não chegar, eu não chego". Porra nenhuma!
É um problema não gozar, principalmente se o outro chegou lá e você não...
Esse século XXI é muito cheio de regras, olha.
Tudo junto? Ótimo. Tudo separado? Bão tamém! Um foi e o outro não? Tudo legal.
Né?
Por isso que esse bando de britânica tá sem fazer sexo. Os ingleses tem mesmo uma mania pra horário, pra regra. Imagina o sexo?
Eu hein.
Prefiro a mutualidade espontânea.

04 fevereiro 2010

Energia

Você já reparou que existem situações que se repetem em sua vida? Quando os acontecimentos bons ocorrem repetidas vezes é sinal de que estamos abertos para que aquele tipo de bem aconteça em nossa vida. Mas quando acontece algo ruim de novo é sinal de que? Será que não há nessa repetição um aprendizado que você ainda não conseguiu entender?
De acordo com a Metafísica, isso acontece porque geramos certos padrões de acontecimentos em nossas vidas. que servirão como lições.
Pessoas que atraem a traição, por exemplo, costumam ser desleais consigo mesmas. O que pode desencadear essa atração pode ser simplesmente algo que a pessoa tenta esconder dela mesma. Ou uma atitude que ela não toma e acaba fazendo o que todo mundo faria no lugar dela. Assim, ela se nega, se reprime e se trai.
Outro exemplo: pessoas que ficam em segundo plano na vida amorosa e profissional geralmente são aquelas que se colocam como alguém que quer passar transparente pela vida. Não querem assumir grandes compromissos nem com elas mesmas, muito menos com os outros. Assim, acabam sendo sempre trocadas e substituídas, porque negam o seu valor e sua importância no mundo - simplesmente porque, no fundo, sentem-se inferiores. Muitas vezes essas pessoas têm seus negócios falidos e relacionamentos fracassados porque não apostam suas moedas em si mesmas. Você percebe como somos capazes de nos sabotar?
E você? Enquanto está lendo, está buscando descobrir o que se repete em sua vida? Uma boa ajuda para descobrir isso pode ser através de um amigo observador. Mas não escolha pedir ajuda para aqueles que são muito críticos - porque eles podem lhe colocar para baixo e não é esse o propósito. Pense de quantas maneiras diferentes você acabou passando por situações muito similares e que te fizeram se sentir mal por dentro, mesmo que você não tenha demonstrado isso para outras pessoas. Assim que você detectar o que se repetiu, busque descobrir o que precisa mudar em você para não continuar atraindo esse padrão.
Uma ajuda profissional pode lhe ajudar a compreender as reais razões que lhe levam a se envolver nestas situações. Na Metafísica, por exemplo, nós acreditamos que através de decretos feitos com muita fé nas palavras e na nossa capacidade de melhorar nossa qualidade de vida, nós trabalhamos nossa mente para desfazer esses bloqueios de energia que nos incomodam. Assim, obtemos uma vida com mais amor, paz e harmonia.
Decretos são afirmações que fazemos acreditando na força de mudar um padrão nosso de pensamento. Por exemplo, quando a pessoa se sente inferior, ao enviar para seu corpo e sua mente o decreto de que ela não se sente mais dessa forma, a força dessas palavras começa a alterar seus padrões de acontecimentos.
Olhar para dentro, refletir sobre o que lhe incomoda no mundo é justamente dar um grande salto sobre a fogueira do medo, aprender a lição e passar para outras etapas maravilhosas que a vida tem a lhe oferecer.